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   Heitor amava a noiva Marília que ama Fernando, irmão de Heitor. Esse foi o triângulo amoroso que moveu os primeiros capítulos da novela FERA RADICAL, até que surgiu Cláudia decidida a mexer com as estruturas das famílias Flores e Orsini para vingar o massacre de seus pais. Assim, Marília rompeu com Heitor, assumiu sua paixão por Fernando, só que a felicidade deles durou pouco. Claudia entrou na jogada e Fernando acabou apaixonado por ela. Nesse vai-e-vem de mais de 160 capítulos, Marília se convence de que gosta mesmo de Heitor e eles se casam. As cenas desse casamento, que foram gravadas na última segunda-feira (12/09/1988) irão ao ar na primeira semana de outubro.

   Antes das 10h da manhã atores e atrizes já estavam distribuindo autógrafos e posando para fotos ao lado dos fãs na porta do hotel Mara Palace, em Vassouras. De lá, toda a equipe saiu para uma viagem de 30 minutos até a fazenda Aliança (de propriedade de João Raphael Alves de Lima, cuja sede foi construída em 1840), onde o diretor Gonzaga Blota gravou 23 cenas.

   Enquanto a noiva, o noivo e os convidados se arrumavam, José Mayer entrou em cena sozinho para acabar com um plano de gravação da semana passada, quando caiu do cavalo, machucando a perna e o trabalho parou. Ainda mancando, o ator não teve problemas para montar, mas reclamava de dores quando fazia muitos movimentos. Mesmo assim, contundido, o ator mostrou que é bom cavaleiro e as duas cenas do capítulo 157 que faltavam, foram feitas.

   A FESTA – Ana Maria Blotta (pesquisadora de arte) foi quem cuidou dos detalhes da festa. A capelinha foi decorada com palmas rosas e o bolo de três andares, feito por Maria Tereza Wiess, foi levado numa Kombi do Rio para a fazenda. Para compor a decoração da mesa, 500 doces foram colocados em bandejas de prata e  acabaram saboreados pelos convidados ( entre atores e figurantes de Barra do Piraí).

   O traje da noiva foi desenhado pela figurinista Sônia Gallo, que afirmou ter criado o minivestido com uma cauda de três metros sobreposto “porque era preciso fugir do tradicional. A Marília é irreverente e esse modelo tem a ver”.

   Em menos de duas horas, Gonzaga Blota gravou todas as cenas em que Carla Camuratti e Thales Pan Chacon teriam que participar. Sem olhar as cenas no monitor (como faz a maioria dos diretores), Blota prefere acompanhar os trabalhos ao lado do câmera – man e não mede esforços quando é preciso fazer movimentos na grua (equipamento usado para levantar a câmera) para obter o melhor ângulo. A maioria das cenas ficou boa de primeira, o que evitou a repetição das gravações e o desgaste dos atores, apressando o final do trabalho, realizado num calor de quase 40 graus.

CASAMENTO DE METIRA

O Dia (18/09/1988)

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