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A Globo, pelo menos por alguns meses, vai sair do túnel do tempo em que costuna enfiar a sua novela das seis. Depois de sua última viagem, pelos transviados e rock and rollers dos 50/60, em BAMBOLÊ, ela estreia amanhã FERA RADICAL. A ação se passa nos dias de hoje – mas tem um jeitão incrível, para não perder o hábito, dos velhos westerns americanos. Veja a trama: menina do campo tem a família assassinada, a propriedade arrasada pelo fogo, e, depois de passar longa temporada figuda na cidade, volta para se vingar de seus algozes. Qualquer semelhança com o filme CAÇADOR DE ORELHAS, de Ozualdo Candeias, ou depois com a peça e depois filme A VISITA DA VELHA SENHORA, com Ingrid Bergman e Anthony Quinn, não deve ser mera coincidência. Só que Walter Negrão, o autor de FERA RADICAL, promete mil molhos para incrementar sua criação.

Para escrever a novela Walter juntou sua experiência de infância e adolescência no interior paulista aos dados colhidos agora, na cidade grande. Do hábito de usar o computador em seu trabalho diário ele tirou a ideia de colocar a personagem principal, Cláudia (Malu Mader), como uma analista de sistemas. “É aí que faço uma junção da vida rural com a urbana, tendo como pano de fundo fazendeiros bem sucedidos que têm carros do ano, computador e até aplicam na bolsa, mas que não esquece o chapéu e as esporas. Tipo uma fusão da vida rural com a urbana”, conta o autor.

Ainda na história, personagens como Donato Orsini (Elias Gleiser), o outro fazendeiro rico da região e também suspeito do crime; sua filha Marília (Carla Camurati); Olívia (Denise Del Vecchio), Fernando (José Mayer), Heitor (Thales Pan Chacon) e Jorge (Rodrigo Santiago), filhos e cunhado de Altino; Robério (Older Cazarré), Elizabeth (Alexandra Marzo) e Joana (Yara Amaral), entre outros. Todos eles se envolvem e participam, de uma forma ou de outra, da busca incessante de vingança desta “mocinha” dos tempos modernos.

COM UM GOSTO DE WESTERN

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